Hans Blix, ex-líder da equipa de inspectores da ONU responsável pela averiguação da existência de arsenal nuclear no Iraque antes do desencadear da guerra, veio ontem a público afirmar que a invasão do Iraque foi "claramente ilegal". Depois do seu livro lançado em 2004 (Disarming Iraq), esta é a segunda vez que o sueco aparece a criticar abertamente a invasão. Desta vez Blix acusou a coligação Bush/Blair de trocar pontos de interrogação por pontos de exclamação, transformando perguntas em afirmações, e reafirmou que não havia qualquer tipo de armas de destruição maciça no Iraque.
Passados 4 anos do começo da guerra isto não parece ser novidade para ninguém, e se em 2004, a intervenção de Blix tinha como fim promover o seu livro, fica agora a questão no ar sobre o motivo que levou o sueco a reaparecer na imprensa. O segundo mandato de Bush vai a meio e não se pode recandidatar (felizmente), Blair está de saída do governo britânico, daí que seja algo estranho que só 4 anos depois Hans Blix decida voltar a falar no assunto...
4 comentários:
olá
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paula e rui lima
oh Rui aqui o tema é mais Bush, Iraque, guerra pelo petróleo (na minha opinião)...
Agora a sério, todos sabemos que os americanos são prepotentes e passam por cima de td e todos para chegarem onde querem. Nem sei pq razão contrataram um europeu para esse estudo e se afinal as conclusões já tavam tiradas mm antes do estudo ser realizado...
Pois é Célia, e o pior é que tudo indica que o Irão está muito próximo de seguir o mesmo papel que tem neste momento o Iraque. Antes desta nova guerra do golfo, tudo começou também na questão das sanções.
A ver vamos se os 2 anos que faltam para a saída da administração Bush do poleiro não são suficientes para desencadear um novo conflito no país vizinho.
Lá estranho é. Mas a política tem razões que a lógica e o bom senso desconhece. Há grupos de interesses (económicos)instalados e mais ou menos subtilmente estes grupos conduzem e guiam as estratégias políticas adoptadas.
O Iraque e o Irão, mau grado toda aquela ostensiva miséria têm petróleo com se não houvesse amanhã. E apesar de se estar a caminhar, económicamente, para outras fontes de energia alternativa, o petróleo continua a ser um motor suficientemente propulsor dos mercados internacionais e mais ou menos indirectamente, factor de influência no xadrez da política internacional.
Também os países africanos são económicamente viáveis e no entanto sãoaquela miséria confrangedora e aquele palco privilegiado de violações grosseiras dos direitos humanos...
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