domingo, 1 de julho de 2007

Lisbon, Metallica Loves You

Na passada 5ª-feira finlamente assisti a um concerto que há muito desejava ver - Metallica. Na 13ª edição do Super Bock Super Rock o primeiro dia foi dedicado aos sons pesados. Dominavam as T-Shirts pretas e a atitude metal era mais que evidente que estava no ar. Cheguei pouco depois das portas abrirem, pouco depois das 3h da tarde. Rapidamente fui dar uma volta ao recinto e comprar uma t-shirt dos grandes Metallica. Finalmente tinha a indumentária completa para o dia. Ao soar dos primeiros acordes dos Men Eater, ainda longe do palco, percebi que aquilo não era concerto para mim, pois só se ouviam berros. Acabei por chegar mais perto do palco quando me apercebi que a actuação dos portugueses More Than A Thousand estava a começar. Vi-os pela 2ª vez e voltei a gostar do concerto, agressivo e aguerrido, conseguindo agarrar o público presente, ao contrário da banda seguinte. Blood Brothers, uma banda com 2 vocalistas de voz esganiçada, aos quais só consegui ouvir 2 músicas.

A partir daqui começaram os concertos a sério. Mastodon deram um grande concerto. Com um concerto consistente e recheado de bons momentos. Foi uma hora de boa música que claramente podia ter sido mais duradora, pois o público demonstrou que estava a gostar e queria mais desta banda que é apontada como o futuro do Metal. Depois seguiu-se a hora de jantar... daí que só assisti ao final do concerto de Stone Sour. Depois foi a vez de Joe Satriani. Confesso que estava expectante com este concerto, uma vez que pensei que pudesse ser enfadonho ouvir apenas música instrumental durante pouco mais de uma hora. Mas enganei-me por completo. Satriani encheu o palco com as suas 6 cordas e revelou que é literalmente um sobredotado com uma guitarra nas mãos. O público colaborou muito e a ânsia de ver os Metallica não prejudicou o penúltimo concerto da noite

Com o final da actuação de Satriani e o aproximar da hora de inicio do espectáculo da noite crescia a ansiedade... e também o desespero, uma vez que os Metallica só actuaram meia hora depois da hora prevista. Mas sem dúvida que valeu a pena a espera. Com o arranque dos primeiros acordes da Ecstasy of Gold as hostes animaram-se e rapidamente explodiram com o arranque do Creeping Death. Foi arranque de um concerto fabuloso, com os Metallica claramente felizes por estarem de volta aos palcos. For Whom The Bell Tolls chegou para homenagear o eterno Cliff Burton, que mereceu uma ovação de todo o público presente no recinto. A partir daí foi um desfilar de clássicos dos Metallica, revisitando grandes músicas que marcam o passado da banda. A excepção foi apenas The Memory Remains, que pertence à era mais recente do álbum Reload. James Hetfield incentivou sempre o público com vários Hoorahs e disse ainda para mim a frase da noite e que deu o título a este post. A verdade é que não são só os Metallica que amam Lisboa, Lisboa também ama os Metallica e o público ficou rendido com toda actução da banda. Mas para mim o momento da noite surgiu nos encores, com a execução do tema One. O cenário de guerra de que a música trata foi retratado por um espéctaculo pirotécnico que deixou tudo de queixo caído. E até ao fim foi sempre a rasgar, com um fabuloso Enter Sandman, a cover de Am I Evil? (completa) e Seek and Destroy. Os Metallica despediram-se com Lisboa a seus pés, tendo prometido volta num espaço curto de 3 anos. Vemo-nos de novo aí.

3 comentários:

Anónimo disse...

Grande Concerto Didi...mas nem tinha dúvidas que seria assim...
Venham mais!! Eu tou lá de cerrteza!!

"Metallica loves you, do you love Metallica?"
Definitivamente SIM!!!

Joana

Be_Yourself disse...

Foi um Magnifico concerto nem mais, foi dedicado ao pessoal da velha guarda, que me posso incluir com orgulho. A irmandade do Metal esteve em peso e os METALLICA, nunca desiludem Lisboa! Foi a segunda vez que vi e esta foi a melhor das duas, valeu a pena a espera ao frio.

Inês Rocheta Cassiano disse...

Devo confessar que até hoje, deve ter sido o melhor concerto que vi na vida. Estava muito expectante, não acreditava que ia ver os grandes, os máiores, os senhores, os Metallica. Aquela espera de mais de meia hora sinceramente assustou-me. Mas eis que surgem os mestres em palco e não podia ter sido melhor. Amei, amei, amei.
Enter sandman, Seek and destroy, One (aquele raio de fogo de artíficio que me pregou o maior susto da vida), Nothing else matters (grande cantoria do público) foram apenas alguns dos grandes momentos que passei. Se eles voltarem, eu vou. Sem dúvida, We are with Metallica.