quarta-feira, 30 de abril de 2008

Gritos Mudos...

Neons vazios num excesso de consumo
Derramam cores pelas pedras do passeio
A cidade passa por nós adormecida
Esgotam-se as drogas p'ra sarar a grande ferida

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E o coração aperta-se e o estômago sobe à boca
Aquecem-nos os ouvidos com uma canção rouca
E o perigo é grande e a tensão enorme
Afinam-se os nervos até que tudo acorde

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E a noite avança, e esgotam-se as forças
Secam como o vinho que enchia as taças
E para-se o carro num baldio qualquer
E juntam-se as bocas até morrer

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga com toda a razão

2 comentários:

Anónimo disse...

De quem é o poema?
Seja lá de quem for, é um alerta cheio de força para comportamentos de risco, o desvalor da vida, a falta de perspectivas.
Gostei de ler. parabéns a quem o escreveu e a quem teve a imaginação de o postar.

Cassiano disse...

Letra: Tim
Música: Xutos & Pontapés

É uma letra excelente, de uma banda fantástica!