domingo, 10 de junho de 2007

Alive... 2 de dias de música fenomenal

Cheguei ao recinto no dia 8 às 16h, ainda as portas não estavam abertas. A confusão para entrar era grande e saltava à vista o confronto de gerações nesse dia. De um lado os mais novos, cheios de garra para ver Linkin Park e do outro, uma geração mais velha, mais calma, pronta para assistir a mais um concerto dos seus Pearl Jam. O dia prometia muito e sem dúvida que não defraudou nem uns, nem outros. A loucura em frente ao palco cedo se instalou, na busca do melhor lugar em frente ao palco, para os concertos da noite. A tarde abriu com The Used, com o seu estilo vincado de punk-rock, que conquistou os presentes pela sua energia e persistência. Depois vieram Blasted Mechanism, num concerto muito bom com a onda "Sound in Light" a provar que é capaz de fazer dançar todo um festival que já se encontrava muito bem composto. A música dos portugueses cativou muita gente e foi uma excelente abertura para as 2 bandas da noite.

A seguir, Linkin Park. Confesso que fui ver este concerto a medo. Não é uma banda de que goste, nem perto disso. Mas ía com a esperança de ser surpreendido com a sua energia e a sua mistura de estilos. Digamos que prometeu, mas as expectativas sairam furadas. A capacidade de comunicação com o público é de facto um grande trunfo e a energia de Chester Bennington é brutal... mas a banda tem mais 5 elementos e parece-me que o resto do grupo não o consegue acompanhar. O concerto teve bons momentos e tem nota claramente positiva, mas aquela sequência de músicas calmas para mim matou o concerto.

A fechar a noite... o ponto alto, Pearl Jam. Mais uma vez mostraram porque são uma das melhores bandas do mundo, arrancando um concerto muito bom, em ritmo de Best of. Eddie Vedder voltou a estar em grande, falando quase sempre em portugues com o público através de uma cábula que tinha com ele, juntamente com a tradicional garrafa de tinto. De destacar as frases: "We've travelled 16 hours to move accross the street", quando comparava Seatle a Lisboa, e a frase da noite... "Que se f*** Madrid" no seu português com sotaque de Seatle, após ter dito que na noite seguinte iriam tocar na capital espanhola. De se notar que o recinto estava cheio de espanhóis que não devem ter achado muita piada, ao contrário dos muitos portugueses que se riram alto e bom som. Quanto ao alinhamento, foi composto por - Interstellar Overdrive, Corduroy, Do The Evolution, World Wide Suicide, Animal, Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town, Severed Hand, Even Flow, Big Wave, Daughter, State Of Love And Trust, Life Wasted, Alive, Given To Fly, Why Go, Better Man, Crazy Mary, Rearviewmirror, (Encore), Black, Rockin' In The Free World, Yellow Ledbetter. Muitos momentos altos, destacando o Better Man, cantado no seu inicio a uma só voz com Eddie Vedder calado (um momento Youtube).

Quanto ao segundo dia, acabou por ser uma borla que tive pois não contava lá ir... e valeu bem a pena. Só vi os dois grandes concertos do dia. Primeiro White Stripes, onde Jack White deu um concerto fantástico acompanhado da sua irmã Meg. Ela marcava o ritmo e ele fazia a festa. É impressionante como apenas 2 músicos conseguem encher um palco daquela forma. Obviamente que Seven Nation Army a fechar o concerto e entoado por todos os presentes, foi o corolário (sempre sonhei escrever esta palavra aqui) de uma actuação 5 estrelas. Depois Smashing Pumpkins, certamente que 90% dos presentes foram por causa deles. O regresso do carequinha Billy Corgan ao nosso país foi muito bom. Com a chuva que caía a espaços a tornar alguns momentos em pura magia. Foi um concerto muito bom, onde Jimmy Chamberlain revelou o seu papel fulcral em solos fantásticos. O final do concerto foi também depois de um solo, que foi sem dúvida muito bom, mas um pouco vago demais para final de concerto.

1 comentário:

Inês Rocheta Cassiano disse...

Butes lá começar a comentar esta coisa.
Primeiros foram os The Used. Gostei do concerto, mas tinha gostado mais senão tivesse sido atacada pela selvagaria de quem lá estava. É de referir a minha expressão aquando do momento em que o vocalista pede ao público para abrirem duas filas e se matarem de seguida. Foi qualquer coisa deste género: 'Diogo, socorro o que é que eu faço? Por amor de Deus, tenho medo!'
Em sigundos vieram os Blasted. Foi giro mas era tudo do mesmo. Deu para dançar um bocadinho e descontrair das minhas batalhas anteriores. No entanto no fim, a coisa ficou negra, literalmente em que ninguém conseguia respirar.
E eis que chega o momento pelo qual ansiava, LINKIN PARK! Sou suspeita a falar, mas acho que o concerto foi espectacular, o apoio do público espantou-me sinceramente, não esperava. Pensava que muita gente ainda não conhecia as músicas do novo albúm e estava enganda. Entoaram alto e bom sim o 'Leave out all the rest' (música em que o Diogo chorou), 'Given Up', entre outras. Fiquei rouca, com dores nas pernas de tanto gritar mas valeu bem a pena.
A seguir, momento para jantar os meus raviolis descalça no recinto e ver os IMORTAIS Pearl Jam. O português do Eddie foi brutal e hilariante. Gostei particularmente de 'Cashcai' e da parte do 'Que se **** Madrid'. Foi simpático da parte dele. Foi a primeira vez que os vi ao vivo e deixaram bem claro por que é que são uma das melhores bandas de sempre.
Balancete geral, adorei o festival e o meu corpo também adorou estar dorido e com nódoas negras.