
A seguir, Linkin Park. Confesso que fui ver este concerto a medo. Não é uma banda de que goste, nem perto disso. Mas ía com a esperança de ser surpreendido com a sua energia e a sua mistura de estilos. Digamos que prometeu, mas as expectativas sairam furadas. A capacidade de comunicação com o público é de facto um grande trunfo e a energia de Chester Bennington é brutal... mas a banda tem mais 5 elementos e parece-me que o resto do grupo não o consegue acompanhar. O concerto teve bons momentos e tem nota claramente positiva, mas aquela sequência de músicas calmas para mim matou o concerto.
A fechar a noite... o ponto alto, Pearl Jam. Mais uma vez mostraram porque são uma das melhores bandas do mundo, arrancando um concerto muito bom, em ritmo de Best of. Eddie Vedder voltou a estar em grande, falando quase sempre em portugues com o público através de uma cábula que tinha com ele, juntamente com a tradicional garrafa de tinto. De destacar as frases: "We've travelled 16 hours to move accross the street", quando comparava Seatle a Lisboa, e a frase da noite... "Que se f*** Madrid" no seu português com sotaque de Seatle, após ter dito que na noite seguinte iriam tocar na capital espanhola. De se notar que o recinto estava cheio de espanhóis que não devem ter achado muita piada, ao contrário dos muitos portugueses que se riram alto e bom som. Quanto ao alinhamento, foi composto por - Interstellar Overdrive, Corduroy, Do The Evolution, World Wide Suicide, Animal, Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town, Severed Hand, Even Flow, Big Wave, Daughter, State Of Love And Trust, Life Wasted, Alive, Given To Fly, Why Go, Better Man, Crazy Mary, Rearviewmirror, (Encore), Black, Rockin' In The Free World, Yellow Ledbetter. Muitos momentos altos, destacando o Better Man, cantado no seu inicio a uma só voz com Eddie Vedder calado (um momento Youtube).
Quanto ao segundo dia, acabou por ser uma borla que tive pois não contava lá ir... e valeu bem a pena. Só vi os dois grandes concertos do dia. Primeiro White Stripes, onde Jack White deu um concerto fantástico acompanhado da sua irmã Meg. Ela marcava o ritmo e ele fazia a festa. É impressionante como apenas 2 músicos conseguem encher um palco daquela forma. Obviamente que Seven Nation Army a fechar o concerto e entoado por todos os presentes, foi o corolário (sempre sonhei escrever esta palavra aqui) de uma actuação 5 estrelas. Depois Smashing Pumpkins, certamente que 90% dos presentes foram por causa deles. O regresso do carequinha Billy Corgan ao nosso país foi muito bom. Com a chuva que caía a espaços a tornar alguns momentos em pura magia. Foi um concerto muito bom, onde Jimmy Chamberlain revelou o seu papel fulcral em solos fantásticos. O final do concerto foi também depois de um solo, que foi sem dúvida muito bom, mas um pouco vago demais para final de concerto.