Metallica no RiR

Foi na 5ª-feira passada e mais uma vez eu não podia deixar de estar presente! A expectativa era elevadíssima, era a 2ª vez que os ía ver e ansiedade pelo concerto gigante. Saí de casa bem cedo rumo ao festival... e não se pode dizer que a tarde tenha começado bem. Assim que chego à estação de metro da Bela Vista lembra-se a minha extremosa irmã de dizer que se tinha esquecido dos bilhetes em casa... volta-se tudo para trás, metro até ao cais do sodré e linha de cascais até algés. Já com os bilhetes comigo, acabamos por chegar ao festival perto das 19h, 1.30h depois do suposto. Vimos o inicio de Moonspell, o som pesado imperava. Acabámos por não ficar para ver pois fomos dar a tradicional volta pelo recinto e rechear o estômago para resistir à longa noite.

Com o estômago já cheio voltámos para o palco principal, estava muito curioso para ver os finlandeses Apocalyptica, um grupo de 3 violoncelistas acompanhados por uma bateria, sem qualquer vocalista, e posso dizer que gostei muito. Conseguiram agarrar bem o público tocando desde Beethoven a Sepultura, com particular destaque para 2 músicas dos Metallica (Fight Fire With Fire e Seek and Destroy) que foram sem dúvidas os pontos altos deste concerto. Após os finlandeses e bem melhor acompanhado no público, vieram os Machine Head, e com eles o mosh que aparecia em todo o lado e os headbangings constantes. Comecei por não gostar nada do concerto, eram só berros e pouco mais, mas aos poucos a banda foi-me conquistando e sem dúvida que o balanço foi surpreendentemente positivo. Grande destaque para uma cover do Hallowed Be Thy Name dos britânicos Iron Maiden, entoado pela maioria dos presentes!

Findo o concerto dos Machine Head veio o momento pelo qual a esmagadora maioria dos presentes gastou os 53€ do bilhete, os grandes Metallica. Ao som de Ecstasy of Gold de Ennio Morricone (banda sonora do filme "The Good, The Bad and The Ugly") os ânimos agitam-se, resultando numa explosão de energia com Creeping Death, o público estava claramente com os Metallica. A partir daí veio uma sucessão de clássicos como Wherever I May Roam, Harvester of Sorrow, Sanitarium, Enter Sandman, One (acompanhado de pirotecnia que pôs qualquer um boquiaberto), entre outras. A surpresa positiva foi ouvir No Remorse e Damage Inc., temas pouco ouvidos em concertos, com interpretações brutais. A desilusão da noite durou 3 músicas, Bleeding Me, King Nothing e Devil's Dance, mesmo sendo grandes músicas, são claramente pouco tendo em conta o leque de canções que os Metallica têm, e isso reflectiu-se no público durante essa altura. Para os encores ficaram 3 temas, a cover de Last Caress e So What? para terminar com o habitual Seek and Destroy e o público desejoso de ouvir mais!

Em suma posso dizer que o concerto foi muito bom, os Metallica estão em melhor forma este ano que no ano passado, a voz do James está muito mais limpa e já consegue fazer notas mais altas e prolongadas, no entanto, não foi tão bom como no SBSR. A set list do ano passado era francamente superior, cheia de clássicos e praticamente sem erros de escolha. Já nesta set list há 3 músicas mal escolhidas, mas compreendo o que os Metallica quiseram fazer, uma vez que esta foi a 3ª vinda a Portugal em 4 anos, e repetir a maioria da set list não poderia ser hipótese. De qualquer maneira valeu cada cêntimo gasto e a promessa do Lars em voltar a Portugal para o ano para a promoção do novo álbum é algo que me faz dizer desde já... Eu Vou!